“Eu almejava que minhas fotos fossem crônicas do cotidiano, escritas nas cores por vezes gris, ou policromáticas deste pequeno território, que muitas vezes era ignorado pelo próprios moradores”, disse Nauro antes de anunciar o fim das reimpressões.
Fotos: Nauro Junior
A mesa de centro da sala, a prateleira da biblioteca, a estante do escritório são algumas hipóteses de lugares onde os pelotenses expõem o seu exemplar do “Pelotas em imagens”. Mais do que um apanhado de fotografias da cidade, o livro é o retrato do orgulho de quem habita de alguma forma a cidade.
Quando o fotógrafo e escritor Nauro Júnior lançou a obra em 2013, tinha em mente apresentar um mapa poético da cidade que o adotou. Com 272 páginas, capa dura e papel couchet, o livro é uma peça de arte guardada com carinho por quem o adquiriu. Com cerca de 300 fotos e bilíngue, traduz em nove capítulos os encantos da cidade permeada de cultura, história e autenticidade. Lançado em uma disputada sessão de autógrafos no Mercado Público, ganhou lugar de honra em várias casas. Muitos foram os pelotenses desgarrados que encomendaram seus exemplares para uma entrega além-mar. O livro passou a ser uma espécie de certidão de nascimento imagética de quem ama Pelotas. Ao mesmo tempo, virou cartão de visitas de autoridades locais ao receberem pessoas ilustres. Ou mesmo adereço quando queriam exibir as belezas da sua terra na capital federal.
Com a última edição esgotada em janeiro, o livro passou a ser disputado nos sebos da internet. O projeto da editora é lançar uma obra inédita, com a releitura da cidade, em 2025. Enquanto Nauro fotografa as mudanças da cidade, a Satolep Press lança um projeto direcionado em especial aos arquitetos. São pacotes de fotos em alta resolução do livro “Pelotas em imagens”.
As imagens podem ser usadas de diferentes formas em projetos decorativos. Arquitetura e fotografia sempre andaram de mãos dadas, bastam criatividade e conceito.